14/08/2008

Filosofia da fotografia: aplicação prática

A Filosofia da Fotografia, de Vilém Flusser, busca ter de volta o poder que os fotógrafos tinham em relação à fotografia, quando não eram influenciados pela indústria fotográfica. O autor afirma que tal filosofia libertaria o fotógrafo de todo o tipo de programação que nos é imposta hoje, e ainda, que a tecnologia seria um fator negativo para o homem desenvolver um pensamento.
A idéia é boa, mas colocá-la em prática não é tão fácil. Então resolvi aplicá-la em outros campos:
Hoje em dia não conseguimos diferenciar um político corrupto de um político honesto (a não ser, é claro, se ele for bem conhecido). Sendo assim, é praticamente impossível fazer com que o sistema político funcione corretamente. Dadas as devidas proporções, podemos observar uma pequena relação entre o sistema político e a filosofia da fotografia: a tarefa da filosofia da fotografia é apontar o caminho para a liberdade e o sistema político é, basicamente, a liberdade em si, afinal, a candidatura de políticos não é vetada nem se eles possuírem a ficha suja. Quem quer mais liberdade do que essa?
Podemos também aplicar a filosofia da fotografia na vida. Quando digo vida, quero dizer vida/morte. Se para alcançarmos a tão desejada liberdade na fotografia é necessário não seguir o padrão, então um suicida é um exemplo vivo (?) de como a filosofia da fotografia funciona. E se ela funciona, ela segue um sistema, um padrão? Sinto que Flusser foi apenas um funcionário.

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